terça-feira, 16 de maio de 2023

Freud e A Palavra Escrita

 

 

Freud era por natureza e paixão um escritor antes de mais nada e se dizia um cientista por necessidade. Em uma entrevista de Sigmund Freud ao escritor italiano Giovanni Papini, realizada em Viena, em maio de1934 (ANSERMET. Prefácio. In:  GROSRICHARD. La psychose dans le texte, 1989), Freud disse que: “Todo mundo acredita que eu me atenho inicialmente ao caráter científico de meu trabalho e que minha meta principal é o tratamento das enfermidades mentais. É um tremendo erro que tem prevalecido durante anos e que tenho sido incapaz de corrigir.  Eu sou um cientista por necessidade e não por vocação.  Sou, na verdade, por natureza, artista [...] e disso existe uma prova irrefutável: em todos os países onde a Psicanálise tem penetrado, tenho sido mais bem compreendido e aplicado pelos escritores e artistas que pelos médicos. Meus livros, de fato, se parecem mais a obras de imaginação que a tratados de patologia [...] eu tenho podido cumprir meu destino por uma via indireta e realizar meu sonho: seguir sendo um homem de letras, mesmo que sob a aparência de um médico. Em todo grande homem de ciência está o gérmen da fantasia; mas nenhum propõe, como eu, traduzir a teorias científicas a inspiração que a Literatura moderna oferece. Na Psicanálise, o senhor encontrará reunidas, mesmo que transformadas em jargão científico, as três grandes escolas literárias do século XIX: Heine, Zola e Mallarmé estão reunidos em minha obra sob o patrocínio de meu velho mestre, Goethe.” Portanto, Freud era um gênio escritor, que amava literatura.

Sinopse do Livro - Glória aos Heróis - Um amor em meio à guerra da Ucrânia - lançamento em dezembro de 2024

Nesta história, um brasileiro de 29 anos, nascido em Curitiba, no sul do Brasil, especialista em TI (Tecnologia da Informação), tenente da ...