terça-feira, 25 de julho de 2023

SOBRE A ETERNIDADE E O ESCRITOR - MAURICIO RIBAS

 



 

Segundo Paul Helm, a eternidade é um conceito filosófico que se refere, no sentido comum, a inexistência do tempo, logo sendo algo infinito. No sentido filosófico, refere-se a algo que não pode ser medido pelo tempo, porquanto o transcende. Nesse sentido, eterno é algo sem começo e nem fim. (“O que voce entende de eternidade? Explique. - Didática”) devemos nos indagar se o ser humano é eterno ou finito em sua natureza. Entre os filósofos, a eternidade corresponde a atemporalidade. A pergunta mais comum e’ aquela que sempre nos fazemos, existe algo além da morte para nós humanos ou não? No entanto, acredito que o único ser eterno é Deus, pois, ele se enquadra na atemporalidade, ou seja, ele sempre existiu, já nós, fomos criados por ele, portanto não somos atemporais. Acredito também que o Criador nos fez eternos, no sentido de inextinguíveis a partir da nossa criação, logo, devemos separar a nossa condição humana finita da nossa carne e a condição espiritual infinita e inextinguível. Para aqueles que não creem em Deus, ou seja, lá como queiram chamá-lo, ja' que Deus é um ser divino e onipotente que não pode ser nomeado ou compreendido completamente pelos seres humanos, a finitude da alma se dá com a do corpo físico. A filosofia da arte não afirma que os artistas são imortais. No entanto, alguns filósofos discutem a imortalidade da arte e acreditam que ela é eterna, se a arte é eterna os artistas por consequência o são. A arte é violenta e desconfortável e isso a faz agente de transformação, portanto é através dela que um artista pode criar algo inesquecível e transformar o nada em algo essencialmente imortal. Para a filosofia da arte, o artista é um indivíduo possuidor de um conhecimento intuitivo que o permite criar a partir da sua sensibilidade. "A arte não é compreendida como um conhecimento racional e objetivo, mas intuitivo e subjetivo." (“Arte e suas funções em Filosofia | Descomplica”) A literatura, como Arte especial que é, e’ um agente de transformação como já afirmei acima e o seu papel indispensável e inquestionável. E’ através da literatura que podemos abstrair e sublevar e diante disso, o papel do escritor e’ imortal.

sábado, 22 de julho de 2023

SINOPSE DO LIVRO - Questões Polêmicas - Relações Internacionais - UM MUNDO SEM FRONTEIRAS E FISSURAS

 



Precisamos preencher nossas fissuras, as fissuras de nosso Planeta, antes que seja tarde, colando nossos pedaços sem ignorar as causas e as consequências de tudo que fizemos, reparando assim nossos equívocos e nossas mazelas, produto de nossa miséria espiritual, precisamos colar os pedaços de nosso lar, os nossos próprios pedaços enquanto humanidade. Nosso planeta e’ nossa única morada, adotar o biocentrismo em oposição ao antropocentrismo e’ mais do que urgente. 

A presente obra e’ uma análise de variadas circunstâncias no mundo das Relações Internacionais, que vão de um massacre genocida em Ruanda, a questão da imigração em pequenos países Bálticos na Uniao Europeia, nosso tratado de livre comercio entre o Mercosul e a Uniao Europeia e o exame de questões como o degelo do Ártico, além de competências culturais do diplomata e a criação de Uniao Europeia. Muitos desses temas são parte de nossas fraturas a serem preenchidas ou o preenchimento como a maravilhosa história da criação da Uniao Europeia.

Espero sinceramente, que este livro, que é uma obra sobre Relações Internacionais, mas, mais do que isso um exame de consciência, sirva de estímulo e esperança para todos aqueles que não se omitem e que lutam por fazer o preenchimento e as emendas necessárias, pois, “e' precisamente através de nossa fragilidade e fissuras que a graça de Deus pode brilhar”.


quarta-feira, 12 de julho de 2023

SINOPSE DO LIVRO INGEL ADDAE - A LUTA ENTRE O BEM E O MAL

 



Esta obra é uma obra de ficção, infantojuvenil, baseada em fatos. Ela usa da ficção para falar sobre a realidade e tocar os corações através de símbolos e metáforas, sendo que estas histórias foram contadas pelo autor para Ingel Addae. Ele e Michel são pessoas de verdade que conviveram e ensinaram-se mutuamente muito sobre o amor verdadeiro, uma paternidade substitutiva, que trouxe à tona uma relação única que ensinou, tanto a um quanto a outro, uma lição maravilhosa, aquela que mostra que o amor pode existir independentemente de laços sanguíneos e convergência cultural ou qualquer outra barreira, sendo que os acontecimentos fantasiosos nada mais são do que um instrumento de comunicação utilizado pelo autor para comunicar-se com o protagonista da história. Este livro quer tocar corações e mentes. E mais do que isso: quer motivar crianças, pré-adolescentes, pais ou tutores, autoridades, aqueles a quem compete agir e aqueles a quem não compete, debater soluções que deverão passar, especialmente em países desiguais como o Brasil, por uma educação libertária e transformadora. Aquela-Mulher, a bruxa da história, existe, é o mal que ronda nossos filhos tentando atraí-los para as drogas, a criminalidade e a ignorância. Este livro é ou pretende ser um antídoto contra o mal. Você vai julgar.

segunda-feira, 10 de julho de 2023

Então queres ser um escritor - Charles Bukowski

 


 


se não sai de ti a explodir
apesar de tudo,
não o faças.
a menos que saia sem perguntar do teu
coração, da tua cabeça, da tua boca
das tuas entranhas,
não o faças.
se tens que estar horas sentado
a olhar para um ecrã de computador
ou curvado sobre a tua
máquina de escrever
procurando as palavras,
não o faças.
se o fazes por dinheiro ou
fama,
não o faças.
se o fazes para teres
mulheres na tua cama,
não o faças.
se tens que te sentar e
reescrever uma e outra vez,
não o faças.
se dá trabalho só pensar em fazê-lo,
não o faças.
se tentas escrever como outros escreveram,
não o faças.

se tens que esperar para que saia de ti
a gritar,
então espera pacientemente.
se nunca sair de ti a gritar,
faz outra coisa.

se tens que o ler primeiro à tua mulher
ou namorada ou namorado
ou pais ou a quem quer que seja,
não estás preparado.

não sejas como muitos escritores,
não sejas como milhares de
pessoas que se consideram escritores,
não sejas chato nem aborrecido e
pedante, não te consumas com auto-devoção.
as bibliotecas de todo o mundo têm
bocejado até
adormecer
com os da tua espécie.
não sejas mais um.
não o faças.
a menos que saia da
tua alma como um míssil,
a menos que o estar parado
te leve à loucura ou
ao suicídio ou homicídio,
não o faças.
a menos que o sol dentro de ti
te queime as tripas,
não o faças.

quando chegar mesmo a altura,
e se foste escolhido,
vai acontecer
por si só e continuará a acontecer
até que tu morras ou morra em ti.

não há outra alternativa.
e nunca houve.

(Tradução: Manuel A. Domingos)

terça-feira, 4 de julho de 2023

POEMA AUSENCIA DE VINICIUS DE MORAIS - UM DOS MEUS PREFERIDOS

 

AUSÊNCIA

Rio de Janeiro , 1935

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos
Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

segunda-feira, 19 de junho de 2023

Reflexões sobre Filosofia, Nietzsche, Foucault

 


 

A arte e a cultura são importantes porque elas despertam nas pessoas a possibilidade de expressarem seus sentimentos e construírem sua própria identidade. Além disso, elas têm uma utilidade que pode ser entendida em três tempos: no passado, para conservar o patrimônio e a memória coletiva de um povo; no presente, como forma de expressão e espaço de reflexão; e no futuro, logrando a configuração de novas realidades e cenários possíveis, através do estímulo da criatividade e da sensibilidade.

Para Nietzsche, os últimos homens são aqueles que se contentam com a mediocridade e a segurança, que não buscam mais o perigo e a aventura, que não se importam com a arte e a cultura. Para ele, o “espírito livre” é aquele que pensa de modo diverso do que se esperaria com base em sua procedência, seu meio, sua posição e função, ou com base nas opiniões que predominam em seu tempo, os espíritos cativos são a regra.

Nietzsche entende que o mundo aparente é o único e o mundo verdadeiro é apenas um acréscimo mentiroso. Segundo a avaliação de Nietzsche, essa suposição de um mundo teórico das ideias não se trata de um conhecimento “verdadeiro”, mas de uma necessidade da crença na existência da verdade. Ele fala sobre o mundo verdadeiro em sua obra “Assim falou Zaratustra”. Segundo Nietzsche, o mundo verdadeiro é uma ilusão ótica-moral do mundo aparente e não passa de uma contrariedade à metafísica e à razão grega que acreditavam que existe um mundo verdadeiro onde tudo é perfeito, como vemos no mundo das ideias de Platão. Nietzsche dizia que isso era mesquinhez com relação ao local em que vive, pois, a esperança de quem vive em um lugar ruim é que possa um dia estar em um lugar bom.

Já Foucault acreditava que o papel do filósofo sempre foi o de colocar um limite ao excesso de poder. Ele argumentava que o poder é uma relação social que se manifesta em todas as esferas da vida e que é exercido por meio de práticas discursivas e não discursivas. O filósofo francês defendia que o poder não é algo que possa ser possuído por um indivíduo ou grupo, mas sim algo que é exercido em relação aos outros.

E você, o que acha? Em que você acredita? Deixe abaixo sua opinião.

segunda-feira, 12 de junho de 2023

A LITERATURA COMO INSTRUMENTO

 

 

Eu vejo a literatura como um instrumento afiado, necessário e indispensável, como afirma (Castello, 2012) é nas frestas do real, como uma erva daninha que a literatura nasce. A literatura não é um divertimento, tampouco é um saber especializado. Ela é um instrumento, precário e sutil, de interrogar a vida. Desloca nossas certezas, transformando-as em incertezas. Em vez de nos oferecer respostas, nos faz novas perguntas-desagradáveis e perturbadoras. Não consigo dissociá-la de um processo subliminar onde desenrola-se uma reflexão sobre a vida e suas dores, suas querelas e questões grandiloquentes, sem limites que não as nossas próprias convicções que por vezes são transmutadas com grande ganho para a nossa evolução.

Sinopse do Livro - Glória aos Heróis - Um amor em meio à guerra da Ucrânia - lançamento em dezembro de 2024

Nesta história, um brasileiro de 29 anos, nascido em Curitiba, no sul do Brasil, especialista em TI (Tecnologia da Informação), tenente da ...