Eu vejo a literatura
como um instrumento afiado, necessário e indispensável, como afirma (Castello,
2012) é nas frestas do real, como uma erva daninha que a literatura nasce. A
literatura não é um divertimento, tampouco é um saber especializado. Ela é um
instrumento, precário e sutil, de interrogar a vida. Desloca nossas certezas,
transformando-as em incertezas. Em vez de nos oferecer respostas, nos faz novas
perguntas-desagradáveis e perturbadoras. Não consigo dissociá-la de um processo
subliminar onde desenrola-se uma reflexão sobre a vida e suas dores, suas
querelas e questões grandiloquentes, sem limites que não as nossas próprias convicções
que por vezes são transmutadas com grande ganho para a nossa evolução.
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