Este livro, INGEL ADDAE - A LUTA ENTRE O BEM E O MAL, é dedicado a todas as crianças do mundo, mas especialmente aquelas que sofrem qualquer tipo de violação a qualquer um dos direitos fundamentais, além de qualquer forma de negligência, discriminação ou exploração, crueldade, opressão e desamor. Não é sem razão que o art. 227 da CF brasileira estatui que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem com absoluta prioridade direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Da mesma forma, o art. 4º do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) afirma que é dever da família, comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Apesar desses dispositivos legais contundentes, dolorosamente a lei não tem sido cumprida. Infelizmente, no Brasil, os organismos criminosos utilizam-se de menores para determinadas práticas delitivas, como tráfico de drogas, assaltos, entre outros, assim como no resto do mundo, usando os pequeninos impiedosamente no crime, em guerras, prostituição e trabalhos escravos ou desumanos. Precisamos urgentemente pôr a salvo as crianças brasileiras e as crianças em todo o mundo que sofrem com essa crueldade.
A Convenção sobre os Direitos da Criança adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 20 de novembro de 1989, reconhecendo que a criança, para o desenvolvimento harmonioso da sua personalidade, deve crescer num ambiente familiar, em clima de felicidade, amor e compreensão, precisa ser seguida por toda a humanidade, considerando que importa preparar plenamente a criança para viver uma vida individual na sociedade e ser educada no espírito dos ideais proclamados na Carta das Nações Unidas e, em particular, num espírito de paz, dignidade, tolerância, liberdade e solidariedade.
Deve-se ter em mente que “a prioridade consiste no reconhecimento de que a criança e o adolescente são o futuro da sociedade e por isso, devem ser tratadas com absoluta preferência”1 . Devemos entender que a criança e o adolescente deverão estar em primeiro lugar na escala de preocupações dos governantes, devemos entender que, em primeiro, devem ser atendidas todas as necessidades das crianças e adolescentes, pois “o maior patrimônio de uma nação é seu povo, e o maior patrimônio do povo são suas crianças e jovens”2. Caso contrário, negaremos ao mundo a oportunidade de trans-formação necessária e urgente através do respeito e amor dedicado as novas gerações desde o primeiro momento que é a infância. Tendo presente que a necessidade de garantir uma proteção especial à criança foi enunciada pela Declaração de Genebra de 1924 sobre os Direitos da Criança e pela Declaração dos Direitos da Criança adotada pelas Nações Unidas em 1959, e foi reconhecida pela Declaração Universal dos Direitos do Homem, pelo Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (nomeadamente nos artigos 23.º e 24.º), pelo Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (nomeadamente o artigo 10) e pelos estatutos e instrumentos pertinentes das agências especializadas e organizações internacionais que se dedicam ao bem-estar da criança, precisamos agir sem demora, conclamando o mundo todo a esse grande mister.
Esta obra é uma obra de ficção, baseada em fatos reais. Ela usa da ficção para falar sobre a realidade e tocar os corações através de símbolos e metáforas, sendo que essas histórias foram contadas pelo autor para-Ingel Addae. Ele e Michel são pessoas de verdade que conviveram e ensinaram-se mutuamente muito sobre o amor verdadeiro, uma paternidade substitutiva, que trouxe à tona uma relação única que ensinou, tanto a um quanto a outro, uma lição maravilhosa, aquela que mostra que o amor pode existir independentemente de laços sanguíneos e convergência cultural ou qualquer outra barreira. Os acontecimentos fantasiosos nada mais são de que um instrumento de comunicação utilizado pelo autor para comunicar-se com o protagonista da história.
Aquela-Mulher, a bruxa da história, existe, ela é o crime organizado que alicia e destrói milhões de vidas de crianças e adolescentes no mundo. Ela é a violência, as drogas que ceifam vidas, a miséria que corrompe e desmotiva. Ela é a prostituição, o trabalho forçado ou escravo. Ela é o mal personificado, contra o qual todos devemos lutar. Hoje em dia, a ONU estima que crianças-soldados lutaram em 18 conflitos desde 2016. Cerca de 19 mil crianças estão envolvidas em conflitos apenas no Sudão do Sul. Imagina-se que sejam centenas de milhares em todo mundo, incluindo meninos e meninas. No Brasil, é uma realidade que afeta milhares de crianças e jovens a serviço do narcotráfico, inclusive na capital do país, no quintal dos Três Poderes da República. Quem deveria manusear livros e brinquedos tem em punho armas de fogo e carrega na mochila porções de entorpecentes para negociar com consumidores. Trata-se de um mercado no qual é preciso bater metas, respeitar hierarquias, cumprir longas jornadas e correr iminente risco de morte.3
Que com este livro eu possa tocar corações e mentes. E mais do que isso, possa motivar aqueles a quem compete agir e aqueles a quem não compete debater soluções que deverão passar, especialmente em países desiguais como o Brasil, por uma educação libertária e transformadora.
O autor
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