Acabei de ler o livro Outros jeitos de usar a boca de Rupi Kaur, um livro magnifico cheio de significado e emoção, o livro aborda temas como violência, abuso, amor, perda e feminilidade. Rupi é uma escritora e poeta Indiana Canadense, considerada a preferida do Jornal New York Times, é feminista contemporânea, escritora e artista da palavra falada indiano-canadense. Ela é popularmente conhecida como Instapoet pela atenção que ela ganha online com seus poemas no Instagram. Ela publicou também o livro de poesia e prosa intitulado "milk and honey" e em outubro de 2017, lançou a obra "The Sun and Her Flowers" (O que o sol faz com as flores, no Brasil). Em novembro de 2020 publicou "home body" (Meu corpo minha casa, no Brasil), seu terceiro livro, que estreou em primeiro lugar nas principais listas de best-sellers do mundo.
Vou dar somente uma amostra de dois trechos de poemas
onde ela diz: “Como nosso amor pode morrer se ele está escrito nestas páginas”
e em outro, “a questão sobre escrever é
que não sei se vou acabar me curando ou me destruindo”, são dois pequenos
trechos do pensamento dela, que muito me tocam, tenho refletido muito
tanto sobre uma coisa, como sobre a outra, isto é, a perenidade dos amores
através das páginas dos livros e sobre o solitário oficio de escrever, que em
mim tem despertado sentimentos fortíssimos e me feito refletir sobre o mundo e
a vida de forma bastante profunda e dolorida. Estou escrevendo um livro que se
passa em grande parte na Ucrânia em meio a guerra e isto tem me feito estudar
muito a respeito e pesquisar o farto material disponível na Internet, revistas,
livros e jornais especializados ou não, a ponto de muitas vezes ficar chocado
com a crueza dos acontecimentos e sua divulgação como nunca ocorreu antes na história, cenas violentas de combates reais onde homens lutam pela vida e perdem-na de forma estupida o que leva a refletir sobre o sentido da existência
e a morte. O meu livro irá daqui a alguns meses para as livrarias e plataformas
digitais e sinto com isso o peso da responsabilidade do meu tempo, pois, como o
amor se pereniza na literatura a história também, mas mais que isso quero que
ele seja um instrumento de denúncia das injustiças e monstruosidades dessa
guerra mais que infame e fratricida que estamos assistindo. Não sei ao certo se
ao escrever eu me curo ou me destruo, talvez eu me encontre, mas vou descobrir,
porque não pararei mais de fazê-lo porque uma coisa é certa já não posso viver
sem a escrita.
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