"Bem-vindo ao espaço literário de Mauricio Ribas! Aqui, compartilho minha jornada como escritor, explorando histórias, reflexões e debates sobre leitura e escrita. Se você ama literatura e busca inspiração, este blog é o seu ponto de encontro!"
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sábado, 30 de dezembro de 2023
Por um ano melhor: precisamos lutar pela vida das crianças
Qual a relação entre a virada do ano, as crianças, o céu ou o inferno? Nada e tudo.
Sim, parece contraditório, mas não é.
A cada ano que se passa, renovamos nossas já combalidas esperanças de que
tudo vai ser diferente ou melhor. Fazemos todas aquelas coisas como comer
lentilha, 7 grãos de uva e pular ondas na praia. Isso para os que podem comer e
para aqueles que vivem na praia ou passam o final de ano lá. Fazemos isso na
busca de algo que nos ajude, ainda que sejam crendices, a reforçar nossa fé
avariada nas instituições, nos homens e na continuidade do nosso planeta.
Trata-se, portanto, de indagar se teremos um futuro e quem estará nele, vivendo e
tomando-o em suas mãos. Neste caso, é impossível não dizer que a virada do ano
tem muito a ver com as crianças e os adolescentes, pois, será deles este mundo
que os adultos de hoje insistem em destruir. Mas, se não pensarmos seriamente
sobre isso e ignorarmos o momento atual, é evidente que a virada nada
representará nem para as crianças e adolescentes, nem para nós mesmos, muito
menos para o futuro da humanidade.
Precisamos começar a agir. Façamos isso agora, na virada do ano. Temos que nos
engajar, unindo forças com milhares ou milhões de outros seres humanos, pois não
estamos sozinhos. São milhões de pessoas que, como nós, pretendem tornar o
mundo um lugar habitável para nossas crianças. Elas são o futuro, mas são também
o presente - e, por isso, não podemos mais negligenciar essas vidas.
Para tanto, temos de nos unir e exigir o fim das guerras, consumidoras de recursos
e esforços que, se fossem aplicados corretamente, poderiam acabar com a fome e a
morte de milhões de seres humanos por doenças de toda ordem. 16 mil crianças
morrem de fome a cada dia no mundo. E, no cenário brasileiro, 44 % das mortes de
crianças por doenças poderiam ser evitadas facilmente.
Precisamos pressionar o Estado a cumprir seu papel, na busca de soluções para o
aquecimento global, a fome, as doenças, além de fatores como desemprego, baixos
salários, educação de qualidade, saneamento, entre outras medidas factíveis e
urgentes para legarmos aos nossos pequenos um mundo habitável. Mais do que
crendices que nos conduzem a falsas esperanças, precisamos de ação,
proatividade e poiesis.
É isso ou inferno, apesar de muito preferirem o céu, a lentilha, as uvas e a praia, é
claro.
*Mauricio Ribas é advogado, professor de Direito Civil e membro da Anistia
Internacional. É autor de “Ingel Addae – A luta entre o bem e o mal”, livro para
acolher crianças vítimas de violência e conscientizar sobre os direitos da infância.
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