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sexta-feira, 17 de outubro de 2025

"Se eu não reinar, já sei quem reinará"

"Se eu não reinar, já sei quem reinará." Essa frase teria sido dita em resposta às ameaças de senhores de escravos que, indignados com a iminente abolição da escravidão, avisaram que a Princesa Isabel perderia o trono se assinasse a Lei Áurea. A frase sugere que ela estava disposta a sacrificar seu futuro político em nome da liberdade dos escravizados. A Lei Áurea foi assinada em 13 de maio de 1888, abolindo oficialmente a escravidão no Brasil. Longe de ser um beneplácito, foi a pá de cal lançada sobre a escravidão, a libertação foi fruto de uma imensa luta de grandes e valorosos brasileiros. Isabel era a regente do Império na ausência de seu pai, Dom Pedro II. A pressão dos abolicionistas, da opinião pública e das revoltas de escravizados tornava a abolição inevitável. Muitos senhores de escravos ficaram revoltados, pois não houve indenização — e isso contribuiu para o fim da monarquia no ano seguinte, em 1889. A frase “Se eu não reinar, já sei quem reinará”, atribuída a Isabel, é geralmente entendida como uma expressão de fé — sugerindo que, mesmo que ela perdesse o trono por abolir a escravidão, Deus reinaria, ou que a justiça prevaleceria. No entanto, entendo que a monarca quis dizer algo diferente. Isabel talvez estivesse reconhecendo que, caso ela não governasse, as elites brasileiras — especialmente os senhores de escravos — continuariam a dominar o país. Essa leitura é bastante plausível, especialmente se considerarmos que a monarquia estava enfraquecida e isolada politicamente; que a abolição da escravidão sem indenização gerou forte oposição das elites agrárias; e que o golpe republicano de 1889 foi liderado por setores militares e civis ligados a essas elites. Ao assinar a Lei Áurea, Isabel pode ter percebido que estava rompendo com os interesses dominantes, e que isso teria consequências políticas. Nesse sentido, a frase externava uma crítica velada: se ela não reinasse, os mesmos que exploravam os escravizados continuariam a reinar, sob outra forma de governo opressor. Infelizmente — ou desgraçadamente — as elites dominantes no Brasil de hoje são frequentemente criticadas por manterem privilégios históricos e resistirem a reformas estruturais que promovam maior equidade social. Elas influenciam fortemente o sistema político, econômico e midiático, muitas vezes em benefício próprio. Persistem na concentração de renda, terra e poder, enquanto grande parte da população enfrenta desigualdade e precarização. Seu discurso tende a valorizar o mérito individual, ignorando barreiras sistêmicas. Essa elite também é vista como pouco comprometida com a justiça social e ambiental. Isabel vaticinou. Ela estava mais do que certa. MAURICIO RIBAS

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Camus o papel das gerações e o artista

Albert Camus afirmou que “cada geração, sem dúvida, sente-se chamada a refazer o mundo”. Isso reflete uma visão sobre o impulso humano de buscar mudanças, progresso e renovação social. No entanto, ele reconhece que sua própria geração percebe que não conseguirá “refazer o mundo”, mas que sua tarefa pode ser ainda maior: impedir que o mundo se destrua. Pelo jeito a minha geração, melhor dizendo a nossa, está imbuída do mesmo “travail”, cada vez mais urgente e necessário. Camus estava falando de um contexto histórico marcado por guerras, crises e desilusão, especialmente após a Segunda Guerra Mundial. Ele sugere que, diante da impossibilidade de criar um mundo totalmente novo, o papel fundamental é preservar o que existe, evitar a destruição e proteger valores essenciais. Essa ideia é profundamente ética: não é apenas sobre criar, mas sobre responsabilidade diante do risco de destruição. Em meu livro “Questões Polêmicas – Relações Internacionais”, editora Viseu, eu abordo a imperiosa tarefa de proteger nosso planeta. Camus diz que “o dever do artista não é servir-se da história, mas servi-la com verdade e liberdade”. O artista, para Camus, não deve usar a história apenas como ferramenta para seus próprios fins ou para manipulação ideológica. O verdadeiro compromisso do artista é com a verdade e a liberdade: ele deve ser honesto em sua expressão e livre de amarras políticas ou sociais que distorçam sua arte. Isso implica uma postura ética e autônoma, em que o artista contribui para a compreensão e preservação da história, sem se submeter a interesses externos. Essas ideias permanecem intensamente atuais. Em tempos marcados por crise ambiental, polarização política e ameaças à liberdade de expressão, a mensagem de Albert Camus sobre responsabilidade coletiva e integridade artística ressoa como um chamado urgente à ação consciente e ética. Como escrevo em meu livro supracitado: “Precisamos preencher nossas fissuras — as fissuras do nosso planeta — antes que seja tarde, colando nossos pedaços sem ignorar as causas e consequências de tudo o que fizemos, reparando, assim, nossos equívocos e nossas mazelas.” É justamente por meio da fragilidade e das rachaduras que a graça de Deus pode brilhar. A verdade não se impõe pela força, mas se revela nas brechas — e é nelas que mora a possibilidade de redenção. #albertcamus #mauricioribaswriter #literaturabrasileira #literatura

domingo, 12 de outubro de 2025

Se eu me calar as pedras falarão

Jesus, filho de Maria, entrou em Jerusalém montado em um jumentinho, em um episódio conhecido como a Entrada Triunfal. Multidões de discípulos o saudavam com alegria, proclamando: “Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor!”. Incomodados com essa aclamação pública, alguns fariseus pediram que Jesus repreendesse seus seguidores. Ele então respondeu com uma frase poderosa: a verdade e a glória de Deus não podem ser silenciadas; se os homens se calarem, até as pedras clamarão. As pedras, aqui, simbolizam a própria natureza como testemunha da ação divina. Jesus sugere que a revelação não depende da aprovação humana — ela é inevitável. Essa resposta desafia qualquer tentativa de suprimir a expressão da fé, mostrando que a verdade transcende o controle religioso ou político. Estou escrevendo um livro, provavelmente intitulado “Isaac e Ishmael”, um romance histórico que narra a saga de palestinos e judeus nos últimos 108 anos. Meu objetivo é expor ao mundo a verdade, ainda que sob o véu da ficção, como dizia Eça de Queiroz. É importante destacar: a verdade transcende o controle político. Essa convicção nos fortalece, pois, se nos calarmos, as pedras falarão. Na Palestina ocupada, as pedras não são apenas objetos; são vestígios de casas demolidas, ruínas de aldeias apagadas, túmulos sem nome. Elas guardam a memória dos que foram expulsos, dos que morreram, dos que resistem em silêncio. Assim como na fala de Jesus, as pedras em minha narrativa são metáforas da verdade que insiste em emergir, mesmo quando tentam silenciá-la. Isaac e Ishmael, na obra, simbolizam linhagens entrelaçadas — dois povos que, apesar da dor, compartilham raízes. A paz não virá da negação do sofrimento, mas da escuta profunda do que foi silenciado. É preciso falar, não para acusar, mas para lembrar. E lembrar é o primeiro passo para a reconciliação. Renunciar à violência é fundamental. Gandhi liderou a independência da Índia contra o Império Britânico com a “força da verdade”, escolhendo a resistência moral e a não violência, mesmo diante de um regime brutal. Mandela, que inicialmente apoiou ações armadas contra o apartheid, após 27 anos de prisão, emergiu com uma visão transformadora: a liberdade não se conquista com vingança, mas com reconciliação. Portanto, para resolver a questão palestina, é necessária uma profunda transformação humana. Linha do tempo do conflito Israel–Palestina: • 1897–1917: Raízes do conflito o 1897: Primeiro Congresso Sionista propõe a criação de um lar nacional judaico. o 1917: Declaração Balfour (Reino Unido) apoia a criação de um Estado judeu na Palestina. • 1918–1947: Mandato Britânico o Palestina sob administração britânica após a queda do Império Otomano. o Crescimento da imigração judaica e aumento das tensões com a população árabe local. • 1947–1949: Partilha e Guerra o 1947: ONU propõe a divisão da Palestina em dois Estados (judeu e árabe). o 1948: Criação do Estado de Israel e início da primeira guerra árabe-israelense. o Cerca de 700 mil palestinos são deslocados (Nakba). • 1956–1973: Guerras regionais o 1956: Crise de Suez — Israel invade o Sinai com apoio britânico e francês. o 1967: Guerra dos Seis Dias — Israel ocupa Gaza, Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Golã. o 1973: Guerra do Yom Kippur — Egito e Síria atacam Israel; conflito termina com cessar-fogo. • 1987–1993: Primeira Intifada o Levante popular palestino contra a ocupação israelense. o Surgimento do Hamas como força política e militar. o 1993: Acordos de Oslo — tentativa de paz e criação da Autoridade Palestina. • 2000–2005: Segunda Intifada o Estopim: visita de Ariel Sharon à Esplanada das Mesquitas. o Intensificação de ataques suicidas e repressão militar. o Milhares de mortos de ambos os lados. • 2006–2014: Conflitos em Gaza o 2006: Hamas vence eleições palestinas. o 2008–2009: Operação Chumbo Fundido — Israel bombardeia Gaza. o 2014: Guerra de 50 dias — mais de 2.200 palestinos mortos, 70 israelenses. • 2018–2021: Tensões recorrentes o Protestos na fronteira de Gaza resultam em centenas de mortes. o 2021: Conflito em Jerusalém e nova escalada militar entre Israel e Hamas. • 2023–2025: Guerra em Gaza o 7 de outubro de 2023: Hamas lança ataque surpresa, matando mais de 1.200 israelenses. o Israel responde com ofensiva massiva — mais de 67 mil palestinos mortos até 2025. o Negociações de paz mediadas por Donald Trump em andamento. Diante de tanta dor e resistência, é impossível não se comover e se indignar com o nosso silêncio, porque se as pedras começarem a falar é porque falhamos como humanidade. A metáfora aqui apresentada, nos lembra que, mesmo quando a voz humana é calada ou se cala por covardia ou oportunismo, a verdade encontra caminhos para se manifestar. O sofrimento de palestinos e judeus, entrelaçado ao longo de gerações, clama por reconhecimento e escuta. A esperança de reconciliação nasce justamente desse ato de lembrar e dar voz ao que foi silenciado. Não se trata de buscar culpados, mas de reconhecer a humanidade compartilhada, a dor comum e o desejo profundo de paz. O caminho é difícil, mas só será possível quando houver coragem para ouvir, dialogar e transformar a dor em aprendizado. ### Palavras-chave - Entrada Triunfal - Jesus - Jerusalém - Verdade - Natureza como testemunha - Isaac e Ishmael - Palestina - Israel - Conflito Israel-Palestina - Memória histórica - Reconciliação - Não violência - Gandhi - Mandela - Resistência - Paz - Narrativa histórica - Linhagens entrelaçadas - Nakba - Intifada - Gaza - Direitos humanos - Escuta - Transformação humana ### Hashtags - #ConflitoIsraelPalestina - #Paz - #Reconciliação - #MemóriaHistórica - #DireitosHumanos - #Resistência - #NãoViolência - #História - #IsaacEIshmael - #Verdade - #Esperança - #Palestina - #Israel - #Narrativa - #Transformação - #Escuta - #Justiça - #LiteraturaHistórica

sábado, 30 de agosto de 2025

Foi divulgado pela Imprensa

📰 **Cultura & Literatura | Destaque Nacional** ### Romance sobre amor e guerra é finalista do 2º Prêmio Candango de Literatura **Brasília** — O romance *Glória aos Heróis: Um Amor em Meio à Guerra da Ucrânia*, do escritor curitibano Maurício Ribas, foi anunciado como finalista na categoria Romance do 2º Prêmio Candango de Literatura, uma das mais prestigiadas premiações literárias do país. A obra, publicada pela editora Ipê das Letras, narra a trajetória de André Katyuk Richter, um ex-militar brasileiro que se muda para a Estônia em busca de uma nova vida e acaba se apaixonando por Maaria Saar, uma ativista dos Direitos Humanos. Com o início da guerra na Ucrânia, André decide se alistar como voluntário, enfrentando os horrores do conflito e o dilema entre o amor e o dever. O Prêmio Candango, promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, tem como objetivo valorizar a produção literária em língua portuguesa e consolidar Brasília como polo cultural internacional. A segunda edição do prêmio recebeu centenas de inscrições de autores lusófonos, reafirmando seu papel como vitrine da literatura contemporânea. Maurício Ribas, que já se destacou por sua atuação nas áreas de diplomacia e filosofia, celebra a indicação como reconhecimento à força da literatura engajada. “Este romance é uma homenagem aos que lutam não apenas com armas, mas com ideias e sentimentos. Ser finalista do Candango é uma honra que compartilho com todos que acreditam no poder transformador da palavra”, declarou o autor. 📚 A cerimônia de premiação está prevista para o final do ano, em Brasília, com presença de escritores, editores e autoridades culturais.

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Foi divulgado na imprensa – LANÇAMENTO DE LIVRO "Turning Point" Até que ponto você mudaria a sua história?

Maurício Ribas reúne arte, reflexão e emoção em noite memorável no Espaço Nina em Curitiba, PR – Outubro de 2025 No dia 01 de outubro, o escritor curitibano Maurício Ribas lançou seu mais novo livro, Turning Point – Até que ponto você mudaria a sua história?, em um evento marcante realizado no elegante Espaço Nina, no coração de Curitiba. A noite reuniu artistas, intelectuais, representantes da sociedade civil e leitores apaixonados, que prestigiaram o autor em uma celebração de ideias, beleza e consciência. A obra, publicada pela Editora Multifoco, é um convite à introspecção. Com linguagem poética e filosófica, Turning Point propõe uma reflexão sobre o tempo, a consciência e a beleza silenciosa daquilo que, mesmo imperfeito, é verdadeiramente nosso. É um livro que fala sobre a vida — não como ela deveria ser, mas como ela é, com suas curvas, pausas e revelações. “Este livro nasceu da necessidade de olhar para dentro. É sobre os momentos em que tudo muda, mesmo que nada pareça diferente por fora.” – Maurício Ribas. Maurício Ribas é escritor, advogado e ativista. Formado pela Escola de Diplomacia da Estônia, com especialização em União Europeia e Relações Internacionais, e pós-graduado em Literatura, Filosofia e Arte pela PUC-RS, Ribas é membro da Anistia Internacional e da ICAN, com atuação em causas humanitárias e pacifistas. Já publicou obras como Ingel Addae, Questões Polêmicas – Relações Internacionais e Glória aos Heróis. 📚 Onde encontrar: Turning Point está disponível na loja da Editora Multifoco Formato físico e eBook, bem como na Amazon e Google Play ISBN: [978-65-987927-0-1] 📣 Contato para imprensa e entrevistas E-mail: [mauricio.dc.ribas@gmail.com] Instagram: [@mauricioribas.pr] Site oficial: www.mauricioribas.blogspot.com

sexta-feira, 4 de julho de 2025

As duas coisas infinitas

Albert Einstein disse uma vez: "Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta." Trata-se de uma crítica mordaz de Einstein, à irracionalidade que frequentemente domina o comportamento humano. Para Einstein, que era judeu, o verdadeiro perigo não estava apenas nas forças da natureza, mas na capacidade humana de agir contra a razão, mesmo diante de evidências claras. Prova disso, são os números oficiais em Gaza, que denunciam que 18.800 crianças, foram mortas pelas forças de defesa de Israel. Refletindo sobre a monstruosidade desses dados, me dei conta que se colocássemos uma criança sobre o ombro da outra, tendo cada criança em média 1,10 m, a altura total seria maior que o Burj Khalifa, 828 m, mais de 23 vezes; mais alto que o Monte Everest, 8.848 m, mais que o dobro; seriam quase 20 km de altura, algo que ultrapassaria até mesmo a estratosfera. Santo Deus! Estes números são os oficiais, porém está claro que esse número pode chegar ao dobro ou mais, porque nestes números não constam as crianças desaparecidas, aquelas que possivelmente estão sob as milhões de toneladas de escombros de milhares de casas, prédios, escolas, universidades, bibliotecas, hospitais, destruídos por Israel, sob a alegação falaciosa e espúria do direito de defesa. Para aqueles que não sabem os limites da legítima defesa são repelir uma agressão injusta, atual ou iminente, contra si ou contra terceiros, usando moderadamente os meios necessários para se proteger. A legítima defesa não é licença para violência indiscriminada. Fora isso, é assassinato mesmo, – ASSASSINATO. Importante lembrar que até para a guerra existem limites, bem fixados pelo Direito Internacional e é preciso que se diga que Israel já ultrapassou todos, e por isso cometeu e está cometendo vários crimes de guerra. Vou um pouco mais além e explicar aos idiotas de plantão, porque Israel comete crimes de guerra mesmo alegando o Direito de Defesa. No Direito Internacional, o direito de legítima defesa entre Estados está consagrado no Artigo 51 da Carta das Nações Unidas, e é uma das poucas exceções à proibição geral do uso da força nas relações internacionais. O que diz o Artigo 51 da Carta da ONU? Diz que: “Nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva no caso de um ataque armado contra um Membro das Nações Unidas...” Ou seja, um Estado pode usar a força militar apenas se for atacado primeiro, ou com autorização do Conselho de Segurança da ONU, no entanto, para que a legítima defesa seja considerada lícita, é necessário: Ataque armado prévio. A resposta deve ser urgente e inevitável, sem alternativas diplomáticas viáveis, no entanto a Carta fala da proporcionalidade, isto é, a reação deve ser proporcional à agressão sofrida. Pergunto:Onde está a proporcionalidade? O governo israelense é sem qualquer sombra de dúvida, terrivelmente responsável por todas estas mortes de crianças em Gaza, sem falar nas mortes de homens e mulheres inocentes assassinados sem o menor escrúpulo. Neste exato momento, morrem centenas de civis, principalmente crianças, de fome, vítimas da desnutrição. A fome está sendo utilizada como instrumento de guerra. Os soldados da IDF, divertem-se atirando nos civis que atraídos pela distribuição de algum alimento, entram em filas aos milhares e são vítimas de atiradores. Voltando a Einstein, essa crítica sobre a estupidez humana, não era gratuita. Einstein viveu em uma era marcada por guerras mundiais, genocídios, preconceitos e o uso destrutivo da ciência — como a criação da bomba atômica, da qual ele próprio se arrependeu de ter contribuído indiretamente. Ele compreendia que o conhecimento técnico, sem sabedoria moral, poderia ser fatal. Einstein previu sobre os nossos dias, onde o conhecimento é em grande parte desprovido de sabedoria moral. Mas não apenas isso. O que pensar de nossa espécie e dos rumos que estamos tomando? Onde está a humanidade — esse atributo que nos diferencia, ou diferenciava, de outras espécies? O mundo se cala diante dessas barbáries. No entanto, haverá um dia em que a justiça triunfará, e todas as lágrimas serão enxugadas. Palestina livre. #LiteraturaDeResistência #PalestinaLivre #MauricioRibasEscritor #ArtePorPalestina #NarrativasRevolucionárias #EscritorMilitante

sexta-feira, 20 de junho de 2025

O que a história de Ruby Bridges conta sobre a humanidade e o problema com qual todos continuamos vivendo?

Imagine uma garotinha de apenas seis anos, caminhando com passos firmes entre uma multidão hostil, escoltada por quatro agentes federais. Essa é a imagem icônica de Ruby Bridges, a primeira criança negra a integrar uma escola primária de brancos no sul dos Estados Unidos, em 1960. Sim ontem, apenas 65 anos passados. Ruby nasceu em 1954, no Mississippi, e cresceu em uma época em que, apesar da decisão da Suprema Corte americana de acabar com a segregação nas escolas, muitos estados do sul resistiam ferozmente à mudança. Quando sua família se mudou para Nova Orleans, sua mãe se voluntariou para que Ruby participasse de um programa de integração escolar. Ela foi a única entre seis crianças negras a ser designada para a Escola William Frantz. No seu primeiro dia de aula, Ruby enfrentou uma multidão de manifestantes brancos gritando insultos racistas. Muitos pais tiraram seus filhos da escola, e todos os professores, exceto uma — Barbara Henry — se recusaram a ensiná-la. Ruby passou o ano inteiro tendo aulas sozinha com a professora, que a tratava com carinho e respeito. A coragem de Ruby foi eternizada na pintura The Problem We All Live With (O problema com o qual todos vivemos) de Norman Rockwell, que mostra a menina em seu vestido branco, cercada por agentes federais, com pichações racistas e um tomate esmagado na parede ao fundo. Essa obra de arte me fez chorar, logo cedo e por isso escrevo essa crônica. Até quando vamos conviver com o racismo e a intolerância? Até quando continuaremos aceitando as injustiças? Hoje, Ruby Bridges é uma ativista pelos direitos civis e pela educação, e sua história é um símbolo poderoso da luta contra o racismo e da força que uma criança pode ter diante da injustiça. Free Palestine!

Foi divulgado na imprensa: Maurício Ribas e a virada silenciosa: de heróis em guerra à batalha interior

Por muito tempo, Maurício Ribas foi reconhecido como um autor que dominava o terreno da ficção histórica e da literatura de guerra. Em *G...