segunda-feira, 28 de agosto de 2023

INGEL ADDAE - A LUTA ENTRE O BEM E O MAL / Sinopse

 




Este livro, INGEL ADDAE - A LUTA ENTRE O BEM E O MAL, é dedicado a todas as crianças do mundo, mas especialmente aquelas que sofrem qualquer tipo de violação a qualquer um dos direitos fundamentais, além de qualquer forma de negligência, discriminação ou exploração, crueldade, opressão e desamor. Não é sem razão que o art. 227 da CF brasileira estatui que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem com absoluta prioridade direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

Da mesma forma, o art. 4º do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) afirma que é dever da família, comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Apesar desses dispositivos legais contundentes, dolorosamente a lei não tem sido cumprida. Infelizmente, no Brasil, os organismos criminosos utilizam-se de menores para determinadas práticas delitivas, como tráfico de drogas, assaltos, entre outros, assim como no resto do mundo, usando os pequeninos impiedosamente no crime, em guerras, prostituição e trabalhos escravos ou desumanos. Precisamos urgentemente pôr a salvo as crianças brasileiras e as crianças em todo o mundo que sofrem com essa crueldade.

A Convenção sobre os Direitos da Criança adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 20 de novembro de 1989, reconhecendo que a criança, para o desenvolvimento harmonioso da sua personalidade, deve crescer num ambiente familiar, em clima de felicidade, amor e compreensão, precisa ser seguida por toda a humanidade, considerando que importa preparar plenamente a criança para viver uma vida individual na sociedade e ser educada no espírito dos ideais proclamados na Carta das Nações Unidas e, em particular, num espírito de paz, dignidade, tolerância, liberdade e solidariedade.

Deve-se ter em mente que “a prioridade consiste no reconhecimento de que a criança e o adolescente são o futuro da sociedade e por isso, devem ser tratadas com absoluta preferência”1 . Devemos entender que a criança e o adolescente deverão estar em primeiro lugar na escala de preocupações dos governantes, devemos entender que, em primeiro, devem ser atendidas todas as necessidades das crianças e adolescentes, pois “o maior patrimônio de uma nação é seu povo, e o maior patrimônio do povo são suas crianças e jovens”2. Caso contrário, negaremos ao mundo a oportunidade de trans-formação necessária e urgente através do respeito e amor dedicado as novas gerações desde o primeiro momento que é a infância. Tendo presente que a necessidade de garantir uma proteção especial à criança foi enunciada pela Declaração de Genebra de 1924 sobre os Direitos da Criança e pela Declaração dos Direitos da Criança adotada pelas Nações Unidas em 1959, e foi reconhecida pela Declaração Universal dos Direitos do Homem, pelo Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (nomeadamente nos artigos 23.º e 24.º), pelo Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (nomeadamente o artigo 10) e pelos estatutos e instrumentos pertinentes das agências especializadas e organizações internacionais que se dedicam ao bem-estar da criança, precisamos agir sem demora, conclamando o mundo todo a esse grande mister.

Esta obra é uma obra de ficção, baseada em fatos reais. Ela usa da ficção para falar sobre a realidade e tocar os corações através de símbolos e metáforas, sendo que essas histórias foram contadas pelo autor para-Ingel Addae. Ele e Michel são pessoas de verdade que conviveram e ensinaram-se mutuamente muito sobre o amor verdadeiro, uma paternidade substitutiva, que trouxe à tona uma relação única que ensinou, tanto a um quanto a outro, uma lição maravilhosa, aquela que mostra que o amor pode existir independentemente de laços sanguíneos e convergência cultural ou qualquer outra barreira. Os acontecimentos fantasiosos nada mais são de que um instrumento de comunicação utilizado pelo autor para comunicar-se com o protagonista da história.

Aquela-Mulher, a bruxa da história, existe, ela é o crime organizado que alicia e destrói milhões de vidas de crianças e adolescentes no mundo. Ela é a violência, as drogas que ceifam vidas, a miséria que corrompe e desmotiva. Ela é a prostituição, o trabalho forçado ou escravo. Ela é o mal personificado, contra o qual todos devemos lutar. Hoje em dia, a ONU estima que crianças-soldados lutaram em 18 conflitos desde 2016. Cerca de 19 mil crianças estão envolvidas em conflitos apenas no Sudão do Sul. Imagina-se que sejam centenas de milhares em todo mundo, incluindo meninos e meninas. No Brasil, é uma realidade que afeta milhares de crianças e jovens a serviço do narcotráfico, inclusive na capital do país, no quintal dos Três Poderes da República. Quem deveria manusear livros e brinquedos tem em punho armas de fogo e carrega na mochila porções de entorpecentes para negociar com consumidores. Trata-se de um mercado no qual é preciso bater metas, respeitar hierarquias, cumprir longas jornadas e correr iminente risco de morte.3

Que com este livro eu possa tocar corações e mentes. E mais do que isso, possa motivar aqueles a quem compete agir e aqueles a quem não compete debater soluções que deverão passar, especialmente em países desiguais como o Brasil, por uma educação libertária e transformadora.

O autor

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

A POESIA E A POETA RUPI KAUR E A GUERRA DA UCRANIA - Qual a relação?

 




Acabei de ler o livro Outros jeitos de usar a boca de Rupi Kaur, um livro magnifico cheio de significado e emoção, o livro aborda temas como violência, abuso, amor, perda e feminilidade. Rupi é uma escritora e poeta Indiana Canadense, considerada a preferida do Jornal New York Times, é feminista contemporânea, escritora e artista da palavra falada indiano-canadense. Ela é popularmente conhecida como Instapoet pela atenção que ela ganha online com seus poemas no Instagram. Ela publicou também o livro de poesia e prosa intitulado "milk and honey" e em outubro de 2017, lançou a obra "The Sun and Her Flowers" (O que o sol faz com as flores, no Brasil). Em novembro de 2020 publicou "home body" (Meu corpo minha casa, no Brasil), seu terceiro livro, que estreou em primeiro lugar nas principais listas de best-sellers do mundo.

Vou dar somente uma amostra de dois trechos de poemas onde ela diz: “Como nosso amor pode morrer se ele está escrito nestas páginas” e em outro,  “a questão sobre escrever é que não sei se vou acabar me curando ou me destruindo”, são dois pequenos trechos do pensamento dela que muito me tocam porque tenho refletido muito tanto sobre uma coisa, como sobre a outra, isto é, a perenidade dos amores através das páginas dos livros e sobre o solitário oficio de escrever que em mim tem despertado sentimentos fortíssimos e me feito refletir sobre o mundo e a vida de forma bastante profunda e dolorida. Estou escrevendo um livro que se passa em grande parte na Ucrânia em meio a guerra e isto tem me feito estudar muito a respeito e pesquisar o farto material disponível na Internet, revistas, livros e jornais especializados ou não, a ponto de muitas vezes ficar chocado com a crueza dos acontecimentos e sua divulgação como nunca ocorreu antes na história, cenas violentas de combates reais onde homens lutam pela vida e perdem-na de forma estupida o que leva a refletir sobre o sentido da existência e a morte. O meu livro irá daqui a alguns meses para as livrarias e plataformas digitais e sinto com isso o peso da responsabilidade do meu tempo, pois, como o amor se pereniza na literatura a história também, mas mais que isso quero que ele seja um instrumento de denúncia das injustiças e monstruosidades dessa guerra mais que infame e fratricida que estamos assistindo. Não sei ao certo se ao escrever eu me curo ou me destruo, talvez eu me encontre, mas vou descobrir, porque não pararei mais de fazê-lo porque uma coisa é certa já não posso viver sem a escrita.

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

A MELANCOLIA DEVER SER REATIVA

 


 

 

A articulista Ligia Dinis, da folha de São Paulo, ao publicar um artigo crítico sobre o livro Factótum, de Bukowski, menciona que a tradição literária moderna, masculina e ocidental nos deixou duas grandes lições a respeito da relação entre a lucidez com que se encara o mundo e o estado de espírito resultante disso. A primeira, já um tanto problemática, é a de que o sujeito que encara os horrores do mundo de frente, com inteligência e sem covardia, é inevitavelmente um melancólico. Melancolia é uma tristeza profunda e permanente. A melancolia é bastante comum entre os artistas que são reconhecidos, como pessoas notoriamente mais sensíveis que as demais. O mundo no qual vivemos, nos dá razão de sobra para sermos melancólicos, isso não podemos negar e não é preciso divagar muito para entender que a vida causa dor, impossível ficarmos insensíveis a tanta injustiça e sofrimento. Por isso, encarar o mundo de frente, apesar da dor, é o que se nos apresenta para podermos justificar o privilégio da existência. Do contrário acabaríamos consumidos pelo álcool, drogas ilícitas, depressão, inação ou suicidando-se como Ernest Hemingway e tantos outros escritores fantásticos. A segunda, realmente danosa, é a de que basta ser melancólico para se passar por lúcido, inteligente e corajoso e na opinião dela, da Ligia, Charles Bukowski é um dos propagadores dessa grande bobagem. Duas questões se nos apresentam, a primeira é se o mundo entristece ao ponto de nos tornarmos melancólicos e se esse é um desiderato inevitável para o homem, e a segunda é se a melancolia é necessária e nos conduz à reação. A primeira entendo que sim, mas não necessariamente devemos reagir nos entristecendo, renunciando à alegria de forma permanente, e à segunda entendo que com base na primeira resposta viver triste não é implacavelmente inevitável. É preciso dizer que a felicidade humana será sempre relativa e não absoluta.

Portanto, não basta sermos melancólicos para sermos lúcidos, inteligentes e corajosos, vale dizer não basta sentirmos as dores do mundo, antes é preciso sermos reativos, que é um adjetivo referente àquilo que produz uma reação. No âmbito específico da química, um reativo é uma substância que permite revelar a presença de uma outra substância diferente e que, através de uma interação, dá lugar a um novo produto. Transportando para a vida humana essa lição da química, ao nos depararmos com a melancolia devemos utilizá-la como reativo, que detectando o que há de ruim, injusto e miserável, a nossa volta e além, faz-se da  luta um fator de transformação A melancolia é um sinal de lucidez, que somada à coragem  e à inteligência, transformará o mundo  em que vivemos em um mundo melhor, ainda que nossa contribuição seja pequena, ela se somará aos outros milhões de outros esforços, logrando atingir o objetivo de transformação que tanto almejamos. Portanto, não ao conformismo, não à procrastinação, não à indiferença, não à banalização do mal. Sim à felicidade de servir, para fazer a diferença e transformar.

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

AMAR E AMAR MAIS E MAIS

 





 

Não e’ sem razão ou porque que toda a Lei foi resumida em amar, a Deus e ao próximo. O amor e’ uma caminhada e essa caminhada sem fim e’ o que nos torna, por assim dizer humanos e divinos. Divaga-se sobre a existência de vários tipos de amor, vamos do amor erótico ao espiritual, do corpo físico ‘a alma, assim classificamos para fazer frente ‘as nossas paixões e tentar explicá-las, ainda que de forma relativa, assim confunde-se paixão e amor. De toda a forma algo se nos mostra claro, o amor não admite negação. A negação do outro e’ a antítese do amor, já que ao amarmos nos prendemos de forma permanente ao outro até o momento que de tal forma cresce o amor que libertamos a nós e ao ser amado, tornando plena a experiência. No entanto, durante a caminhada enfrentamos percalços, os mais variados, sendo o pior a perda do ser amado, pelo rompimento da relação amorosa negada. A perda nos enluta quando o amor é verdadeiro, nos leva ao sofrimento da alma, passando por todas as fazes do luto, a negação, a raiva, a negociação, a depressão e por final a aceitação. Sem entrar nestes aspectos do sofrimento humano afetos a psicologia, há que se levar em conta e ter em apreço que toda forma de amor vale a pena principalmente quando o amor se pereniza dentro dos limites da existência humana ou para aqueles que acreditam se eterniza com a alma. Vale lembrar e reafirmar o pensamento límpido e apaixonado de Guimaraes Rosa, quando afirma que “É preciso sofrer depois de ter sofrido, e amar, e mais amar, depois de ter amado.”

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

A ÉTICA E A FELICIDADE

 




A Ética a Nicômaco e’ a principal obra de Aristóteles sobre ética, neste livro, ele se propõe a examinar a natureza da felicidade, argumentando que a felicidade consiste na atividade da alma de acordo com a virtude, as virtudes morais, como coragem, generosidade e justiça e virtudes intelectuais, como conhecimento, sabedoria e discernimento. Portanto, a Eudaimonia que é um termo grego que, de maneira simplificada, significa uma busca humana pela felicidade como finalidade do ser humano, estaria intimamente ligada a ação nossa de acordo com a virtude. Vale dizer que fora da virtude não é possível sermos felizes. Isso porque, o ser humano não se realiza sozinho, ele só se realiza na interação. Seria imprescindível, segundo a nossa natureza, nos relacionarmos mutuamente, no entanto, para nos realizarmos e para interagirmos plenamente necessitamos da virtude, sem a qual nem a interação, nem a felicidade seriam possíveis em sua plenitude. O que você acha? Deixe seu comentário!

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Que tal se delirarmos um tempinho?




Fernando Birri, citado por Eduardo Galeano in ‘Las palabras andantes’ de Eduardo Galeano, publicado por Siglo XXI, 1994, disse: “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.” A Utopia é a ideia de uma sociedade ideal, fantástica e imaginária, que seria o melhor cenário possível para o futuro. É um sonho que parece irrealizável, mas que nos inspira a buscar um mundo melhor, portanto jamais devemos abandonar a caminhada ou desprezá-la, ela é essencial. Jamais devemos olvidar que existe um propósito, o sentido da vida, que não é outro senão a caminhada que nos tornará aptos a edificação de um mundo melhor, do qual todos somos os artífices e responsáveis. Como disse Galeano: “que acha se fixarmos nossos olhos mais além da infâmia, para imaginar outro mundo possível? O ar estará limpo de todo veneno que não provenha dos medos humanos e das humanas paixões…” Que tal se delirarmos por um tempinho?

terça-feira, 25 de julho de 2023

SOBRE A ETERNIDADE E O ESCRITOR - MAURICIO RIBAS

 



 

Segundo Paul Helm, a eternidade é um conceito filosófico que se refere, no sentido comum, a inexistência do tempo, logo sendo algo infinito. No sentido filosófico, refere-se a algo que não pode ser medido pelo tempo, porquanto o transcende. Nesse sentido, eterno é algo sem começo e nem fim. (“O que voce entende de eternidade? Explique. - Didática”) devemos nos indagar se o ser humano é eterno ou finito em sua natureza. Entre os filósofos, a eternidade corresponde a atemporalidade. A pergunta mais comum e’ aquela que sempre nos fazemos, existe algo além da morte para nós humanos ou não? No entanto, acredito que o único ser eterno é Deus, pois, ele se enquadra na atemporalidade, ou seja, ele sempre existiu, já nós, fomos criados por ele, portanto não somos atemporais. Acredito também que o Criador nos fez eternos, no sentido de inextinguíveis a partir da nossa criação, logo, devemos separar a nossa condição humana finita da nossa carne e a condição espiritual infinita e inextinguível. Para aqueles que não creem em Deus, ou seja, lá como queiram chamá-lo, ja' que Deus é um ser divino e onipotente que não pode ser nomeado ou compreendido completamente pelos seres humanos, a finitude da alma se dá com a do corpo físico. A filosofia da arte não afirma que os artistas são imortais. No entanto, alguns filósofos discutem a imortalidade da arte e acreditam que ela é eterna, se a arte é eterna os artistas por consequência o são. A arte é violenta e desconfortável e isso a faz agente de transformação, portanto é através dela que um artista pode criar algo inesquecível e transformar o nada em algo essencialmente imortal. Para a filosofia da arte, o artista é um indivíduo possuidor de um conhecimento intuitivo que o permite criar a partir da sua sensibilidade. "A arte não é compreendida como um conhecimento racional e objetivo, mas intuitivo e subjetivo." (“Arte e suas funções em Filosofia | Descomplica”) A literatura, como Arte especial que é, e’ um agente de transformação como já afirmei acima e o seu papel indispensável e inquestionável. E’ através da literatura que podemos abstrair e sublevar e diante disso, o papel do escritor e’ imortal.

Sinopse do Livro - Glória aos Heróis - Um amor em meio à guerra da Ucrânia - lançamento em dezembro de 2024

Nesta história, um brasileiro de 29 anos, nascido em Curitiba, no sul do Brasil, especialista em TI (Tecnologia da Informação), tenente da ...